Democracia e femnismos são temas na Tribuna Edith Medes
A Academia de Letras da Bahia convida mulheres da política e ativistas para ocuparem a tribuna no mês dedicado à luta das mulheres por igualdade.
A Tribuna Edith Mendes da Gama e Abreu, em seu segundo ano, traz o tema “AVISA NA HORA QUE TREMER O CHÃO: quem tem medo dos feminismos e da agenda democrática no Brasil?”. Sob a coordenação e mediação de Maria Marighella, as vozes de Nivia Luz, Erica Malunguinho e Preta Ferreira ecoarão a presença das mulheres na política e na luta pelos direitos humanos. A Tribuna Edith Mendes acontecerá no dia 22 de março (terça-feira), às 19 horas, com transmissão ao vivo pelo canal da Academia de Letras da Bahia no YouTube.
Ocupam a Tribuna em 2022 para falar sobre feminismos e democracia, três mulheres com vozes ativas na atualidade: a Mestra em Estética e História da Arte Erica Malunguinho, primeira deputada estadual trans eleita no Brasil, em 2018, com mais de 55 mil votos no estado de São Paulo; a Ialorixá do Terreiro Ilê Axé Oya Nivia Luz, Mestra em Cultura pela Universidade Federal da Bahia e gestora do Instituto Oya de Arte Educação; e a multiartista, abolicionista penal e ativista Preta Ferreira, presa injustamente em 2019 por defender os direitos humanos.
“As diversas crises que ora nos atravessam – política, social, econômica, sanitária e porque não dizer civilizatória – nos convocam a imaginar saídas que respondam com coragem às urgências desse tempo. As feministas negras têm dado respostas viscerais. Com o chamado ‘AVISA NA HORA QUE TREMER O CHÃO: quem tem medo dos feminismos e da agenda democrática no Brasil?’ convidamos Preta Ferreira, Erica Malunguinho e Nivia Luz para nesta Tribuna Edith Mendes botar seus corpos, existências, criação, boca no mundo desse futuro que virá. Em tempos de crise, invenção.” pontua a vereadora e atriz Maria Marighella, convidada pela ALB para coordenar e mediar o segundo ano da Tribuna Edith Mendes da Gama e Abreu.
O tema “AVISA NA HORA QUE TREMER O CHÃO: quem tem medo dos feminismos e da agenda democrática no Brasil?” foi referenciado na música “Libertação”, interpretada pela da saudosa Elza Soares, e na obra “Quem tem medo do feminismo negro”, da filósofa brasileira Djamila Ribeiro.
A proposta da Tribuna Edith Mendes é convidar, a cada ano, mulheres que se destacam por suas atividades criativas no campo da cultura e por sua contribuição para a defesa dos direitos humanos, seu combate à discriminação e à injustiça, principalmente, no tocante às relações de gênero, para amplificarem em conjunto suas vozes.
Reconhecer o papel das mulheres na vanguarda cultural, no Brasil e no mundo, e a luta por seus direitos são fundamentais para o combate, com as armas da cultura, das desigualdades de gênero e do quadro atual de crescimento da violência contra as mulheres em nosso país. A iniciativa da Academia de Letras da Bahia tem como propósito amplificar o diálogo e contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária, através da cultura.
O projeto tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.