Em parceria com Instituto Reparação, Academia de Letras da Bahia celebra primeiro Novembro Negro
Evento reuniu músicos, capoeiristas e público animado
Ontem (26 de novembro), a Academia de Letras da Bahia (ALB) teve a honra de realizar o seu primeiro Novembro Negro, em celebração ao Mês da Consciência Negra. O evento, produzido em parceria com o Instituto Reparação, aconteceu no Palacete Góes Calmon, sede da ALB, no bairro de Nazaré.
A casa ficou lotada de pessoas que foram prestigiar o Seminário de Música Negra da Bahia – Dos blocos dos povos indígenas ao samba reggae. Figuras importantes da nossa cultura, Tonho Matéria, Juliana Ribeiro, Jorginho Commancheiro e Dado Brazzaville arrancaram aplausos (e também muitas risadas) do público, ao falarem sobre suas trajetórias, que se confundem com a própria criação da música baiana. Vozes negras ecoaram no auditório Magalhães Neto, através das músicas puxadas por cada um dos quatro artistas.
Antes, porém, o presidente da ALB, Ordep Serra, e o coordenador do Instituto Reparação, Ailton Ferreira, assinaram um acordo de cooperação, a fim de garantir a implementação de práticas antirracistas na instituição centenária e a troca de saberes entre as entidades.
Entre o toque dos alabês da Casa de Oxumaré, foi inaugurado o busto da guerreira Maria Felipa, personalidade fundamental para a Independência da Bahia. A obra é assinada pelo artista visual Celso Cunha.
Para finalizar, abriu-se uma roda de capoeira formada pelas mulheres capoeiristas do Movimento Karapaça, parte do projeto Salvaguarda da Capoeira.
Uma noite memorável e inesquecível!
A Academia de Letras da Bahia tem apoio financeiro do Governo da Bahia, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.