Mário de Andrade no Poesia na Academia

Mário de Andrade no Poesia na Academia

O projeto da Academia de Letras da Bahia homenageia o centenário do livro “Paulicéia Desvairada”.

No encontro de junho, o projeto Poesia na Academia refere o centenário do livro Paulicéia Desvairada, de Mário de Andrade. A leitura crítica, o recital e a apresentação musical acontecerão, no dia 30, quinta-feira, a partir das 19h30, no canal da Academia de Letras da Bahia no YouTube.

A acadêmica e professora Heloísa Prazeres coordena o projeto e o acadêmico, professor e escritor  Aleilton Fonseca é o convidado da noite, apresentando sua leitura do livro centenário de Mário de Andrade. Polêmico em sua época, o livro desafia a forma poética e introduz as bases do pensamento modernista brasileiro.  

Para o recital, o Poesia na Academia recebe o escritor e poeta José Inácio Vieira de Melo, alagoano radicado na Bahia; a poeta e atriz, acadêmica ilheense, Rita Santana; e o poeta Wesley Correia, acadêmico da cidade de Cruz das Almas. A apresentação musical contará com a rica presença da cantora e compositora, Flávia Wenceslau, vencedora de dois prêmios Caymmi de música (2007, 2017), autora de três álbuns autorais. 

O projeto Poesia na Academia faz parte das iniciativas da Academia de Letras da Bahia na criação de eventos que promovem a aproximação das letras, das culturas e das artes com a sociedade. O projeto tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.

SOBRE OS CONVIDADOS

Aleilton Fonseca é escritor, produz poesia, conto, romance e ensaios. Licenciado em Letras vernáculas (UFBA, 1982), tem mestrado em Letras (UFPB, 1992) e doutorado em literatura brasileira pela Universidade de São Paulo (1998). É professor titular pleno de literatura da Universidade Estadual de Feira de Santana, membro da Academia de Letras de Ilhéus, da Academia de Letras de Itabuna e da Academia de Letras da Bahia. Tem cerca de 30 livros publicados, alguns no exterior, como França, Canadá, Bélgica, Estados Unidos e Itália. Tem textos traduzidos para inglês, espanhol, francês, alemão, neerlandês e italiano. Recentemente publicou o longo poema épico, A Terra em Pandemia, em 2020, pela editora Mondrongo. O livro foi traduzido em italiano pela escritora italo-brasileira Simona Advíncola e publicado pela editora Edizioni WE, da cidade de Milão. Publicou em 2012 o ensaio “O arlequim da pauliceia : imagens de São Paulo na poesia de Mário de Andrade” e em 2022, organiza, com Nelson Cerqueira, o livro coletivo de ensaios “Modernismo plural:   cem anos de desvario e contenção”, edição  ALB/Via Litterarum

José Inácio Vieira de Melo (1968), alagoano radicado na Bahia.Publicou os livros Códigos do silêncio; Decifração de abismos; A terceira romaria (Prêmio Capital Nacional de Literatura 2005, de Aracaju, SE); A infância do Centauro; Roseiral; Pedra Só; Sete; Entre a estrada e a estrela; Garatujas selvagens e as antologias 50 poemas e O galope de Ulisses. Publicou o livrete Luzeiro e os CDs de poemas A casa dos meus quarenta anos e Pedra Só. No exterior, participa das antologias Voix croisées: Brésil-France; Impressioni d’Italia – Piccola antologia di poesia in portoghese con traduzione a fronte; En la otra orilla del silencio – Antologia de poetas brasileños contemporáneos; Traversée d’océans – Voix poétiques de Bretagne et de Bahia; A Arqueologia da Palavra e a Anatomia da Língua e MiniAnthology of Brazilian Poetry. 

Rita Santana nasceu em Ilhéus, Bahia, a 22 de agosto de 1969. É graduada em Letras pela Universidade Estadual de Santa Cruz e membro da Academia de Letras de Ilhéus. Atriz, com trabalhos em teatro, cinema e televisão; escritora e professora. Em 2004 ganha o Braskem de Cultura e Arte para autores inéditos com o livro de contos Tramela. Em 2006, Tratado das Veias (poesia) é publicado pelo selo Letras da Bahia. Publica Alforrias (poesia) em 2012, pela Editus. Em 2019 publica Cortesanias (poesia), pela Caramurê, e participa do Festival Internacional de Poesia de Buenos Aires.

Wesley Correia nasceu em Cruz das Almas, BA. É membro da Academia Cruzalmense de Letras. Aos dezessete anos publicou seu primeiro conto no Jornal A Tarde. Desde então, tem-se dedicado à escrita de textos literários, publicados em livros e jornais especializados, dentro e fora do país. É graduado em Letras Vernáculas e Mestre em Literatura e Diversidade pela UEFS, doutor em Estudos Étnicos e Africanos pela UFBA/ Universidade de Lisboa e da ALCA. Em 2007, representou o Brasil no Festival Internacional de Poesia em Cartagena de las Indias. E foi um dos poetas selecionados para integrar a Coletânea Carlos Drummond de Andrade, em 2009.  É autor de “Pausa para um beijo e outros poemas” (Ed. Nova Civilização, 2006), “Deus é negro” (Ed. Pinaúna, 2013), “Íntimo Vesúvio” (Ed. Pinaúna, 2017) e “laboratório de incertezas” (Ed. Malê, 2020), além de ter organizado dois livros científicos e de integrar revistas nacionais e internacionais. É membro do CLEPUL, Centro de Culturas Lusófonas da Europa. Atualmente, é professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA, onde ministra aulas na Pós-graduação em Estudos Étnicos e Raciais, e outros cursos. Seus textos foram traduzidos para o inglês, espanhol e romeno.

Flávia Wenceslau, ao longo de quase duas décadas, construiu uma sólida carreira. Vencedora de dois prêmios Caymmi de música (2007 e 2017), possui três álbuns autorais: Saia de Retalho (2010), Quase primavera (2007) e Agora (2005). A cantora e compositora paraibana, radicada há mais de uma década na Bahia, tem composições interpretadas por cantores brasileiros, como Maria Bethânia e Mariene de Castro. Integrante da nova geração de cantoras brasileiras, e detentora de um timbre especial Flávia Wenceslau tem músicas gravadas também com Margareth Menezes.

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