Biografia
Eleito em 20 de novembro de 2008, tomou posse em 28 de abril de 2009, na atual sede, sendo saudado por Fernando da Rocha Peres.
Dom Emanuel d’Able do Amaral – OSB nasceu no Rio de Janeiro, no bairro de Santa Teresa, no dia 13 de agosto de 1957. Filho de Joaquim Dias do Amaral (carioca) e de Catarina Lúcia d´Able do Amaral (pernambucana). Nome civil: Joaquim Augusto d´Able do Amaral. Antes de entrar para a vida monástica morou nas cidades do Rio de Janeiro, Vassouras (RJ), São Lourenço (MG), Engenheiro Paulo de Frontin (RJ) e Valença (RJ). Estudou em colégios dessas cidades, destacando-se alguns deles que marcaram positivamente sua formação: Colégio Valenciano São José (Primário), Colégio São José dos Irmãos Maristas em Mendes (RJ) (Ginásio), Colégio Nossa Senhora Medianeira em Barra do Piraí (Primeiro Ano Básico) e Colégio Comercial de Mendes (Curso Técnico em Contabilidade). Sua mãe, recentemente falecida (+ 10/9/2008), o introduziu desde criança no universo da literatura. Estudando com os Irmãos Maristas em Mendes pôde aprofundar o gosto pela literatura brasileira. Iniciou com Irmãos Maristas de Mendes o estudo da língua francesa. Aprofundou o estudo dessa língua ao longo da vida, na família e no Mosteiro de São Bento de São Paulo, recebendo uma bolsa de estudos do Governo Francês no Instituto Católico de Paris no verão europeu de 1988. Na adolescência, em maio de 1973, conheceu em Sacra Família do Tinguá (2º Distrito de Engenheiro Paulo de Frontin) o monge historiador Dom Clemente Maria da Silva Nigra. Antes de entrar para o mosteiro teve a oportunidade de conversar diversas vezes (quase semanalmente) com ele sobre diversos temas (espiritualidade, arte, história…).
Entrou para a Ordem de São Bento em 30 de janeiro de 1978, no Mosteiro de São Bento de São Paulo. Nesse mosteiro iniciou o postulantado e mais tarde o noviciado. Além da formação monástica básica, estudou latim, francês e grego bíblico. Em 1979 iniciou o Curso de Filosofia no Mosteiro de São Paulo, terminando em 1981. Participou como membro Fundador do Mosteiro da Ressurreição de Ponta Grossa. No Ifiteme (Instituto de Filosofia e Teologia Mater Ecclesiae) estudou Teologia de 1982 a 1985. Além do grego bíblico também estudou hebraico. Em 1985 foi nomeado Sub-Prior do Mosteiro. Foi ordenado sacerdote em 7 de dezembro de 1985 em Engenheiro Paulo de Frontin (RJ) por Dom Waldyr Calheiros de Novaes (Bispo de Barra de Piraí – Volta Redonda). Esteve em Roma, de 1987 a 1989, estudando Teologia Bíblica (Licenza Specializata igual ao Mestrado no Brasil) na Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade Gregoriana. Residiu, na oportunidade, no Colégio Santo Anselmo, sede da Ordem de São Bento, no Monte Aventino. Nas férias pôde visitar diversas abadias da Ordem. Como lecionava “História da Ordem” no noviciado de Ponta Grossa, aproveitou para visitar vários mosteiros em Portugal, Itália, Alemanha, Irlanda, França, Bélgica e Luxemburgo. Esteve também na antiga Iugoslávia (Split, Mostar, Sarajevo) e na Palestina. Retornando ao Brasil em 1989 iniciou sua carreira como Professor de Sagrada Escritura no Ifiteme. Foi nomeado pelo Bispo Diocesano de Ponta Grossa como um dos “Diretores Espirituais do Seminário Diocesano”. Foi também eleito Co-Visitador pelo Capítulo Geral da Congregação Beneditina do Brasil em 1993. Foi professor até 22 de junho de 1994 quando foi eleito 79º abade do Mosteiro de São Bento da Bahia. Sendo instalado no cargo na tarde do dia 23 de junho por Dom Basílio Penido, Abade Presidente da Congregação Beneditina do Brasil. Recebeu a bênção abacial no dia 11 de setembro de 1994, na Catedral Basílica, de Dom Frei Lucas Cardeal Moreira Neves O.P. Logo que chegou a Salvador como abade pegou o início do plano de revitalização do mosteiro com a participação da Odebrecht, do Governo do Estado da Bahia e de outras instituições. No final de 1994 inaugurou o novo Colégio de São Bento (com o segundo grau) e a Basílica abacial do São Sebastião. Em 1995 abriu a Biblioteca aos pesquisadores, o Museu São Bento e Laboratório de Restauração de Livros Raros. A Basílica do Mosteiro foi aberta à música sacra e erudita. No dia 5 de junho de 1995, Solenidade de Pentecostes, retomou o “Canto Gregoriano” na missa conventual aos domingos. Incentivou a gravação do primeiro CD com Cantos Gregorianos. Reeleito Abade Presidente no último Capítulo Geral da Congregação Beneditina do Brasil, reunido no Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, no dia 27 de abril de 2008, para mais um e último mandato de três anos. É Titular da Cadeira no. 34 do Instituto Genealógico da Bahia. Tomou posse em 11 de junho de 2008 nessa Cadeira que pertenceu ao saudoso e querido Dr. Jorge Calmon. Foi aclamado como Presidente de Honra desse Instituto. Eleito para a Cadeira no. 37 da Academia de Letras da Bahia no dia 20 de novembro de 2008. Tomou posse no dia 28 de maio de 2009.