Yeda Pessoa de Castro

Cadeira 11

Foto: arquivo

Biografia

Eleita em 9 de junho de 2007, tomou posse em 10 de abril de 2008, no salão nobre da atual sede, sendo saudada por Consuelo Pondé de Sena.

Etnolinguista, Doutora (Ph.D) em Línguas Africanas pela Universidade Nacional do Zaire, República Democrática do Congo, Consultora Técnica em Línguas Africanas do Museu da Língua Portuguesa na Estação da Luz em São Paulo, Membro da Academia de Letras da Bahia e consultora técnica na Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) na Universidade do Estado da Bahia – UNEB. Pertence ao GT de Literatura Oral e Popular da ANPOLL, ao Comitê Científico Brasileiro do Projeto Rota do Escravo da UNESCO e ao Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do IPHAN em Línguas e Culturas Africanas. Condecorada pelo Itamaraty no Grau de Comendadora da Ordem do Rio Branco e com a Comenda Maria Quitéria pela Câmara de Vereadores da Cidade do Salvador por serviços prestados ao País na política de aproximação cultural Brasil-África de que foi pioneira, tendo sido o primeiro brasileiro a defender tese de pós-graduação em uma universidade africana e o único até agora em sua especialidade. Foi Professora Visitante em universidades da África e do Caribe, onde atuou também como Adida Cultural da Embaixada do Brasil em Trinidad-Tobago. Na Bahia, foi Diretora do Centro de Estudos Afro-Orientais da UFBA, fundou o Museu Afro-Brasileiro em Salvador. Professora Convidada de universidades na Alemanha desde 2000. É líder e fundadora do Grupo de Estudos Africanos e Afrobrasileiros em Línguas e Culturas (GEAALC) da Universidade do Estado da Bahia, hoje transformado em Núcleo (NGEALC) foi Professora Visitante do Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade – PPGEDuC, lecionando línguas e culturas africanas. A importância das suas pesquisas, resultado de mais de trinta anos de investigação participante nos dois lados do Atlântico, mereceu reconhecimento internacional. Tem proferido conferências em congressos internacionais em vários países, a convite da ONU, da UNESCO e de instituições acadêmicas onde os estudos africanos são encarados com seriedade. Com vários trabalhos publicados sobre relações culturais e linguísticas Brasil-África, o conjunto de sua obra é considerado, em todas as partes, como uma renovação nos estudos afrobrasileiros por redescobrir a extensão da influência banto no Brasil e introduzir a participação de falantes africanos na formação do português brasileiro. Autora dos livros Falares Africanos na Bahia: um vocabulário afro-brasileiro (Academia Brasileira de Letras / Topbooks, 2001, 2.ed., 2005), aceito pela crítica como a obra mais completa já escrita sobre línguas africanas no Brasil, um livro que já se tornou um clássico na matéria, e A língua mina-jeje no Brasil: um falar africano em Ouro Preto do séc. XVIII (Fundação João Pinheiro, Secretaria de Cultura de Minas Gerais, 2002, Coleção Mineiriana), também pioneiro no estudo das linguasewe-fon no Brasil, além de inúmeros artigos e conferências, publicados em revistas científicas, anais de congressos, etc., no Brasil e no exterior.

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