Biografia
Eleito em 18 de junho de 1970, tomou posse em 10 de agosto de 1971, no salão nobre da Faculdade de Medicina, sendo saudado por Adriano de Azevedo Pondé.
Roberto Figueira Santos, filho de Edgar Rego Santos e Carmen Figueira Santos, nasceu em Salvador, Bahia, no dia 15 de setembro de 1926. Em julho de 1950, poucos meses após diplomar-se pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, obteve bolsa Fundação W. K. Kellogg que lhe permitiu viajar para os Estados Unidos da América do Norte onde, durante quase três anos frequentou Hospitais das Universidades de Cornell, Michigan e Harvard. Além de completar a sua formação no campo da Clínica Médica, participou de pesquisas sobre o metabolismo hidromineral no Massachusetts General Hospital, sob a orientação do professor Alexander Leaf. De volta a Salvador, passou a trabalhar em regime de dedicação exclusiva no Hospital das Clínicas da Universidade Federal da Bahia, hoje designado Hospital Universitário Professor Edgar Santos. Iniciou a carreira de magistério como assistente da 1ª Clínica Médica. Obteve o título de Doutor em Ciências Médico-Cirúrgicas mediante defesa de tese submetida à Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia. Submeteu-se a concurso para a docência-livre e conquistou, também mediante concurso de títulos e provas, a cátedra de Clínica Médica da mesma Faculdade. No exercício da cátedra criou o programa de residência médica do norte-nordeste do País e liderou alteração no currículo do curso de Medicina, com o intuito de evitar a especialização precoce, muito frequente até então. E defendeu a inclusão do ensino da sociologia médica aos estudantes, ainda no início da formação profissional. Pelo interesse revelado nos problemas da formação de médicos, foi eleito Presidente da Associação Brasileira de Educação Médica. Em 1963, casou-se com a Senhora Maria Amélia Menezes Santos. O casal tem seis filhos e, até a presente data, seis netos. Em 1967 foi nomeado Reitor da Universidade Federal da Bahia para um mandato de quatro anos, durante o qual dedicou especial atenção à reforma da estrutura universitária nos termos do Decreto-Lei 53, de 1966, e de documentos legais subsequentes. Planejada e executada no intuito de promover a intensificação do ensino e da pesquisa nos setores básicos do conhecimento, a nova estrutura possibilitou, nas últimas quatro décadas, a criação da vigorosa rede de pós-graduação, simultânea com o grande desenvolvimento da pesquisa científica e tecnológica nas nossas Universidades. Entre 1964 e 1964, Roberto Santos exerceu o cargo de membro do Conselho Federal da Educação, tendo sido Presidente do mesmo órgão de 1971-1974. Em 1975 assumiu o Governo do Estado da Bahia, com mandato de quatro anos. Sua gestão foi marcada por grande ênfase na atenuação dos imensos problemas sociais da população do Estado. A rede pública de atenção à saúde foi consideravelmente ampliada e foram muito aumentadas as oportunidades de matrículas no ensino médio profissionalizante. Implantou o primeiro Museu de Ciência e Tecnologia do País. No campo da Economia deu um grande impulso à construção de Pólo Petroquímico de Camaçari, fomentou o turismo com a construção do Centro de Convenções da Bahia, contribuiu para a modernização da agricultura construindo belíssimo Parque de Exposições de Animais e intensificando a cultura no café no Estado. Na área da infraestrutura construiu rodovias de fundamental importância e aumentou consideravelmente a eletrificação rural em várias regiões do Estado. No começo da década de 1980, em estreita colaboração com Tancredo Neves, organizou o Partido Popular na Bahia. No início do governo José Sarney assumiu a Presidência do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Pouco mais de um depois, foi nomeado Ministro da Saúde, cargo que ocupou entre os anos 1986 e 1987. Em seguida, representou o Brasil na Organização Mundial da Saúde, em Genebra, durante três anos. Eleito Deputado Federal pelo Partido Social da Democracia Brasileira (PSDB), exerceu o mandato de 1995-1999, findo o qual reuniu seus pronunciamentos em volume intitulado Um mandato parlamentar a serviço das causas sociais. Em seguida, afastou-se da militância política para dedicar-se a iniciativas de natureza cultural. Em 2004 foi eleito Presidente da Academia de Educação da Bahia, além de participar ativamente da Academia de Letras da Bahia e da Academia de Medicina, e de Comissões ligadas à Reitoria da Universidade Federal da Bahia.