II Seminário Arte e Pensamento Indígena

II Seminário Arte e Pensamento Indígena

A Academia de Letras da Bahia dialoga com artistas e intelectuais indígenas, além de abordar questões sociopolíticas que envolvem os povos originários.

O II Seminário Arte e Pensamento Indígena, iniciativa da Academia de Letras da Bahia, dialoga com as produções artísticas e intelectuais dos povos originários brasileiros. Esta edição acontecerá no dia 02 de maio (segunda-feira), às 19 horas, no canal da ALB no YouTube.

Representando o povo Tuxá de Rodelas, do extremo norte baiano, a ativista e artista indígena Yacunã Tuxá se destaca por suas ilustrações digitais que retratam, principalmente, as mulheres indígenas no exercício de existir, articulando estratégias de proteção do corpo, espírito e território. Algumas de suas obras podem ser vistas no Programa Convida, desenvolvido pelo Instituto Moreira Salles durante a pandemia.

Também do campo das artes visuais, Célia Tupinambá, liderança indígena, professora, intelectual, artista e cineasta, pertencente ao povo da aldeia Serra do Padeiro, na Terra Indígena Tupinambá de Olivença (Sul da Bahia), apresenta o manto sagrado criado em 2020, obra baseada no Manto Tupinambá que data do século XVI e que está conservado na reserva do Museu do Quai Branly, em Paris, na França. O trabalho artístico e de pesquisa de Célia Tupinambá busca resgatar as tradições do povo Tupinambá e, também, questionar as apropriações das produções artísticas dos povos originários pelos colonizadores.

Em face dos ataques aos direitos dos povos indígenas e da escalada de violência contra essas populações, serão discutidos no seminário temas relativos à educação indígena e seu direito à autonomia e trabalho decente. Para essas discussões, foram convidadas a professora doutora Nathalie Pavelic, que atua desde 2011 na Associação Nacional de Ação Indigenista (Anaí), integrando a equipe do projeto Cunhataí Ikhã, apoiado pela Fundação Malala, em prol da melhoria da educação das meninas indígenas da Bahia; e, a Subprocuradora-Geral do Trabalho Edelamare Melo, que coordena o Grupo de Trabalho do Ministério Público do Trabalho “Povos Originários e Comunidades Tradicionais”.

O seminário é um evento gratuito e aberto ao público. Para participar, basta acessar o canal do YouTube da Academia de Letras da Bahia, no dia 02 de maio, às 19 horas. Os estudantes e demais pessoas interessadas terão a oportunidade de receber um certificado de participação (02 horas). O link para inscrição ficará disponível para preenchimento durante a transmissão.

O Seminário Arte e Pensamento Indígena é uma iniciativa da Academia de Letras da Bahia empenhada numa atuação que compreende e dialoga com a construção diversa do Brasil. O projeto tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.

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